domingo, 6 de março de 2011

Como você se posicionaria em cada uma dessas situações?


DILEMA 1:

“Uma pessoa querida, com uma doença terminal, está viva apenas porque seu corpo está ligado a máquinas. Suas dores são intoleráveis. lnconsciente, geme no sofrimento. Não seria melhor que descansasse em paz? Não seria preferível deixá-la morrer? Podemos desligar os aparelhos? Ou não temos o direito de fazê-lo? Que fazer? Qual a ação correta?” (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)


DILEMA 2:

“Uma jovem descobre que está grávida. Sente que seu corpo e seu espírito ainda não estão preparados para a gravidez. Sabe que seu parceiro, mesmo que deseje apoiá-Ia, é tão jovem e despreparado quanto ela e que ambos não terão como responsabilizar-se plenamente pela gestação, pelo parto e pela criação de um filho. Ambos estão desorientados. Não sabem se poderão contar com o auxílio de suas famílias (se as tiverem).

Se ela for apenas estudante, terá de deixar a escola para trabalhar, a fim de pagar o parto e arcar com as despesas da criança. Sua vida e seu futuro mudarão para sempre. Se trabalha, sabe que perderá o emprego, porque vive numa sociedade na qual os patrões discriminam as mulheres grávidas, sobretudo as solteiras. Receia não contar com a ajuda e o apoio dos amigos. Ao mesmo tempo, porém, deseja a criança, sonha com ela, mas teme dar-lhe uma vida de miséria e ser injusta com quem não pediu para nascer. Pode fazer um aborto? Deve fazê-lo?” (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)


DILEMA 3:

“Um pai de família desempregado, com vários filhos pequenos e a esposa doente, recebe uma oferta de emprego que exige que seja desonesto e cometa irregularidades que beneficiem seu patrão. Sabe que o trabalho lhe permitirá sustentar os filhos e pagar o tratamento da esposa. Pode aceitar o emprego, mesmo sabendo o que será exigido dele? Ou deve recusá-lo e ver os filhos com fome e a mulher morrendo?” (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)


DILEMA 4:

“Um rapaz namora, há tempos, uma moça de quem gosta muito e é por ela correspondido. Conhece uma outra. Apaixona-se perdidamente e é correspondido. Ama duas mulheres e ambas o amam. Pode ter dois amores simultâneos, ou estará traindo a ambos e a si mesmo? Deve magoar uma delas e a si mesmo, rompendo com uma para ficar com a outra? O amor exige uma única pessoa amada ou pode ser múltiplo? Que sentirão as duas mulheres se ele lhes contar o que se passa? Ou deverá mentir para ambas? Que fazer? Se, enquanto está atormentado pela indecisão, um conhecido o vê ora com uma das mulheres, ora com a outra e, conhecendo uma delas, deverá contar a ela o que viu? Em nome da amizade, deve falar ou calar?” (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)


DILEMA 5:

“Uma mulher vê um furto. Vê uma criança maltrapilha e esfomeada pegar frutas e pães numa mercearia. Sabe que o dono da mercearia está passando por muitas dificuldades e que o furto fará diferença para ele. Mas também vê a miséria e a fome da criança. Deve denunciá-Ia, julgando que com isso a criança não se tornará um adulto ladrão e o proprietário da mercearia não terá prejuízo de fato? Ou deverá silenciar, pois a criança corre o risco de receber punição excessiva, ser levada pela polícia, ser jogada novamente às ruas e, agora, revoltada, passar do furto ao homicídio? Que fazer?” (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)


DILEMA 6:

“Uma pessoa vê, nas portas de uma escola, um jovem vendendo droga a um outro. Essa pessoa sabe que tanto o jovem traficante como o jovem consumidor estão realizando ações a que foram levados pela atividade do crime organizado, contra o qual as forças policiais parecem impotentes. Deve denunciar o jovem traficante, mesmo sabendo que com isso não atingirá as poderosas forças que sustentam o tráfico, mas apenas um fraco anel de uma corrente criminosa que permanecerá impune e que poderá voltar-se contra quem fez a denúncia? Ou deve falar com as autoridades escolares para que tomem alguma providência com relação ao jovem consumidor? Mas de que adiantará voltar-se contra o consumo, se nada pode fazer contra a venda propriamente dita? No entanto, como poderá sentir-se em paz sabendo que há um jovem que talvez possa ser salvo de um vício que irá destruí-lo? Que fazer?”

(CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)


3 comentários:

  1. Para o dilema n1º.Não temos o direito nem o dever de cortar uma vida,só Deus pode a tirar,fazendo isso podendo atencipar a morte de alguém querido,pois vemos casos de pessoas o corpo reage de maneira que não esperavamos,e outros que achamos que estão bem e de repente vem a falecer.

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  2. Para o dilema n2º.Pode até ser uma barra e uma grande frustação no meio dos estudos surgir uma grávida inesperada,mais não é todo mundo que tem esse dom e essa graça a receber,mais como existe o fato de os pais da criança não ter condicões financeiras e capacidade para a criação desta criança que vai nascer,o mais indicado contar a verdade aos pais e doar a criança,existe tanta gente a espera de um bebê para amar e cuidar.

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  3. Para o dilema nº3 Muitos iriam dizer que o certo era ele não aceitar, porque dinheiro sujo não vai pra frente, porém os acontecimentos que ele esta vivendo nao tem outra saída, e quem é pai de família sabe bem que não iria aguentar ver seus filhos passando fome, por isso eu sou a favor de aceitar o dinheiro.

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