sexta-feira, 11 de março de 2011

“Comportamento ético” (Elizete Passos)

Questões para estudo do texto: Comportamento ético

PASSOS, Elizete. Ética e psicologia: teoria e prática. São Paulo: Vetor, 2007 (p. 26-33)

01. Em todos os tempos existiu um horizonte ético. O ideal ético não tem variado; ele vem se repetindo como o direito do ser humano viver de forma digna, humana, justa e feliz. O que muda é a maneira hegemônica de cada época interpretar quais são as prioridades, condições e requisitos para isso. Nesse sentido, explique como era entendida a ética para os GREGOS, na IDADE MÉDIA, na MODERNIDADE e na CONTEMPORANEIDADE.

02. Explique as diferenças entre os fundamentos de duas grandes orientações filosóficas sobre ética. A TRADICIONAL, fundada numa Lei Natural ou Positiva e a ATUAL, fundada na DIALÉTICA

03. A postura do sujeito moral, não se dá fora de condicionamentos sociais, econômicos, políticos e ideológicos. Como fica, nesse contexto, a questão da Liberdade, requisito para a ética?

04. O que é um código deontológico? Em que ele se diferencia da ética?

05. Em nossa cultura, as Igrejas têm, historicamente, poder de definir, em grande parte, o comportamento moral das pessoas, que passa a ser confundido com uma ética universal devido o seu caráter dogmático. A ética tradicional religiosa impõe uma moral que, muitas vezes, se chocam com os princípios éticos da contemporaneidade. Cite pelo menos dois exemplos e justifique.

06. O que significa entender a ética como “filosofia moral”?

07. Porque podemos afirma que a ética é, ao mesmo tempo, uma experiência individual e coletiva?

08. Qual a diferença entre sanção moral e sanção legal?

domingo, 6 de março de 2011

Como você se posicionaria em cada uma dessas situações?


DILEMA 1:

“Uma pessoa querida, com uma doença terminal, está viva apenas porque seu corpo está ligado a máquinas. Suas dores são intoleráveis. lnconsciente, geme no sofrimento. Não seria melhor que descansasse em paz? Não seria preferível deixá-la morrer? Podemos desligar os aparelhos? Ou não temos o direito de fazê-lo? Que fazer? Qual a ação correta?” (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)


DILEMA 2:

“Uma jovem descobre que está grávida. Sente que seu corpo e seu espírito ainda não estão preparados para a gravidez. Sabe que seu parceiro, mesmo que deseje apoiá-Ia, é tão jovem e despreparado quanto ela e que ambos não terão como responsabilizar-se plenamente pela gestação, pelo parto e pela criação de um filho. Ambos estão desorientados. Não sabem se poderão contar com o auxílio de suas famílias (se as tiverem).

Se ela for apenas estudante, terá de deixar a escola para trabalhar, a fim de pagar o parto e arcar com as despesas da criança. Sua vida e seu futuro mudarão para sempre. Se trabalha, sabe que perderá o emprego, porque vive numa sociedade na qual os patrões discriminam as mulheres grávidas, sobretudo as solteiras. Receia não contar com a ajuda e o apoio dos amigos. Ao mesmo tempo, porém, deseja a criança, sonha com ela, mas teme dar-lhe uma vida de miséria e ser injusta com quem não pediu para nascer. Pode fazer um aborto? Deve fazê-lo?” (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)


DILEMA 3:

“Um pai de família desempregado, com vários filhos pequenos e a esposa doente, recebe uma oferta de emprego que exige que seja desonesto e cometa irregularidades que beneficiem seu patrão. Sabe que o trabalho lhe permitirá sustentar os filhos e pagar o tratamento da esposa. Pode aceitar o emprego, mesmo sabendo o que será exigido dele? Ou deve recusá-lo e ver os filhos com fome e a mulher morrendo?” (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)


DILEMA 4:

“Um rapaz namora, há tempos, uma moça de quem gosta muito e é por ela correspondido. Conhece uma outra. Apaixona-se perdidamente e é correspondido. Ama duas mulheres e ambas o amam. Pode ter dois amores simultâneos, ou estará traindo a ambos e a si mesmo? Deve magoar uma delas e a si mesmo, rompendo com uma para ficar com a outra? O amor exige uma única pessoa amada ou pode ser múltiplo? Que sentirão as duas mulheres se ele lhes contar o que se passa? Ou deverá mentir para ambas? Que fazer? Se, enquanto está atormentado pela indecisão, um conhecido o vê ora com uma das mulheres, ora com a outra e, conhecendo uma delas, deverá contar a ela o que viu? Em nome da amizade, deve falar ou calar?” (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)


DILEMA 5:

“Uma mulher vê um furto. Vê uma criança maltrapilha e esfomeada pegar frutas e pães numa mercearia. Sabe que o dono da mercearia está passando por muitas dificuldades e que o furto fará diferença para ele. Mas também vê a miséria e a fome da criança. Deve denunciá-Ia, julgando que com isso a criança não se tornará um adulto ladrão e o proprietário da mercearia não terá prejuízo de fato? Ou deverá silenciar, pois a criança corre o risco de receber punição excessiva, ser levada pela polícia, ser jogada novamente às ruas e, agora, revoltada, passar do furto ao homicídio? Que fazer?” (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)


DILEMA 6:

“Uma pessoa vê, nas portas de uma escola, um jovem vendendo droga a um outro. Essa pessoa sabe que tanto o jovem traficante como o jovem consumidor estão realizando ações a que foram levados pela atividade do crime organizado, contra o qual as forças policiais parecem impotentes. Deve denunciar o jovem traficante, mesmo sabendo que com isso não atingirá as poderosas forças que sustentam o tráfico, mas apenas um fraco anel de uma corrente criminosa que permanecerá impune e que poderá voltar-se contra quem fez a denúncia? Ou deve falar com as autoridades escolares para que tomem alguma providência com relação ao jovem consumidor? Mas de que adiantará voltar-se contra o consumo, se nada pode fazer contra a venda propriamente dita? No entanto, como poderá sentir-se em paz sabendo que há um jovem que talvez possa ser salvo de um vício que irá destruí-lo? Que fazer?”

(CHAUÍ, Marilena. Convite à Filsofia. 13ª ed., São Paulo: Ática, 2004 (p. 305-306)